quarta-feira, 25 de julho de 2012

Comparativo: Sonic Sedan x Honda City



Por ter melhor desempenho, custo-benefício mais interessante e estilo mais moderno, o Chevrolet se saiu vitorioso. O novo compacto premium da Chevrolet, o sul-coreano Sonic desembarcou no Brasil no mês passado nas versões hatch e sedã. A de três volumes encara o City, que foi atualizado recentemente e é o mais vendido nesse nicho de mercado. O novato é tabelado a R$ 51.500 na opção LTZ e desafia a intermediária, LX, do Honda feito em Sumaré, no interior do Estado, cuja tabela começa em R$ 54.580.
Os dois trazem câmbio manual e motores de quatro cilindros flexíveis. O do Sonic é o 1.6 16V de até 120 cv e o do City, 1.5 16V que entrega até 116 cv.
Em movimento, evidencia-se a diferença de acerto entre esses dois sedãs. O City tem câmbio mais curto, para lhe dar agilidade na cidade. É um bom companheiro no trânsito urbano.
Por outro lado, na estrada seu conta-giros marca mais de 4 mil rpm quando se está a 120 km/h. O isolamento acústico até reduz um pouco o ruído, mas a sensação de que o propulsor está sendo forçado é grande.
O Sonic tem acerto mais estradeiro. A 120 km/h seu conta-giros mostra 3.500 rpm, sinal de maior sossego para o motor. Na cidade, em contrapartida, o Chevrolet requer que se pise mais a fundo no pedal do acelerador para ganhar velocidade.
A direção com assistência elétrica do City é também melhor para o uso urbano. É mais leve em manobras, inclusive. Em rodovia, carece de maior sensibilidade, o que se encontra no sistema com assistência hidráulica do Sonic – que é ajudado em precisão pelos pneus 205/55 R16. O Honda é calçado com versões mais estreitas: 175/65 R15.
No Sonic é boa a posição de guiar, mais baixa e esportiva que a do City, no qual o motorista fica no alto. Mas é difícil encontrá-la, porque no Chevrolet os ajustes são por alavanca. No Honda, são milimétricos (de girar).
Há regulagem de altura e distância do volante nos dois carros, o que colabora para acomodar bem o motorista. Ambos oferecem porta-malas generosos. No do Sonic são 477 litros de capacidade e no City, 506 litros.
City e Sonic Sedan têm grande diferença no acabamento. A superioridade dos materiais e o cuidado nos detalhes no Honda se sobressaem. No Sonic, faz falta iluminação para os botões dos vidros elétricos, por exemplo.
Outro ponto de destaque do City é o conforto para os passageiros que viajam no banco de trás. Com 3 centímetros a mais na distância entre-eixos, há espaço para pernas e cabeças. O encosto também é reclinável.
No Sonic há menos espaço e o vigia traseiro avança pelo teto. Isso poderá causar algum incômodo em dias de sol.
A Honda embute na tabela o preço das cores metálicas e perolizadas. Para o Chevrolet, essas opções custam R$ 965.
Nas cotações de seguro, o Sonic tem as apólices com valores mais altos. Mas em caso de sinistro os preços das franquias para o City são mais salgados.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Vendas crescem 52,5%: nos primeiros cinco dias úteis foram comercializadas 80,7 mil unidades


Se depender do ânimo do mercado, o segundo semestre será melhor do que o primeiro, quando foram vendidos 1.632.828 carros e comerciais leves e houve uma pequena retração de 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

O desempenho do mercado na primeira semana de julho indica essa perspectiva: em cinco dias úteis foram comercializadas 80,7 mil unidades, o que dá uma média de 16.140 por dia. Esse número é 52,5% superior ao registrado na primeira semana completa de vendas do mês passado. Naquele período foram vendidas 52.906 unidades, uma média de 10.581 carros por dia primeira semana.

O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, acredita na recuperação das vendas no segundo semestre, mas prefere não fazer previsão em relação aos números. Tudo vai depender, segundo ele, do comportamento do mercado até 31 de agosto, período em que vigora a eliminação/redução do IPI.

A Anfavea não negocia uma renovação do imposto menor após o fim de agosto, mas, segundo Belini, para que as vendas permaneçam crescentes a economia como um todo precisa girar e incentivar a demanda

terça-feira, 3 de julho de 2012

Vendas de veículos dão salto de 22,8%

Dados preliminares do Renavam apontam que as vendas de veículos avançaram expressivos 22,8% em junho na comparação com maio. Foram emplacados 353,2 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no período. O volume é recorde para o mês e representa ainda expansão de 16% em relação ao mesmo intervalo de 2011.

Com 20 dias úteis, junho teve média diária de vendas bastante alta, de 17,6 mil unidades/dia. O volume representa evolução de 35,3% sobre a média registrada em maio deste ano. O salto no ritmo de emplacamentos foi impulsionado pelos recentes incentivos anunciados para o setor, que recebeu redução no IPI, IOF e taxas de juros.

Ayrton Fontes, consultor independente de varejo automotivo, lembra que a aceleração também é resultado do esforço das montadoras, que realizaram uma série de feirões e ações promocionais. "Os consumidores que pretendiam comprar ou trocar seu usado por um zero quilômetro aproveitaram este momento e anteciparam as compras", explica.

Para o consultor, também chama a atenção o volume de clientes que preferiu financiar o veículo no banco em que é correntista, e não com a instituição instalada na concessionária. O porcentual de consumidores que buscaram crédito direto na agência superou 30% em junho. Esse porcentual ficou em 11% no mesmo período do ano passado. A mudança foi apontada com exclusividade por Automotive Business na última quarta-feira, 27

CRÉDITO RESTRITO

As vendas no acumulado do ano somam 1,71 milhão de veículos. O número ainda fica 1,1% abaixo do registrado nos primeiros seis meses de 2011. Será necessário manter ritmo semelhante ao de junho para que 2012 apresente o crescimento projetado pela Anfavea, de 4% para 3,7 milhões de unidades.

Fontes aponta que os bancos continuam exigentes para aprovar financiamentos por conta da crescente inadimplência no setor. O índice alcançou recorde de 6,1% em maio.
Como consequência dessa alta, as financeiras têm exigido 50% do valor do carro zero quilômetro de entrada e financiam o restante em, no máximo, 36 meses. O consultor aponta que é baixo o nível de aprovação de crédito com prazos longos e entradas pequenas.

Para ele, a restrição ao financiamento poderá impedir que o mercado mantenha a forte expansão registrada em junho. Nesse cenário, mesmo com tantos incentivos, o setor automotivo ainda não conseguirá atender a demanda reprimida de clientes que não conseguem dar entradas maiores e precisam de prazos mais longos para que a prestação do carro caiba no bolso.

Os números oficiais de vendas serão divulgados na terça-feira, 3, pela Fenabrave.